Haja Vista https://hajavista.blogfolha.uol.com.br Histórias de um repórter com baixa visão Tue, 07 Dec 2021 17:23:21 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Site vai mapear e dar visibilidade a artistas com deficiência https://hajavista.blogfolha.uol.com.br/2021/11/25/site-vai-mapear-e-dar-visibilidade-a-artistas-com-deficiencia/ https://hajavista.blogfolha.uol.com.br/2021/11/25/site-vai-mapear-e-dar-visibilidade-a-artistas-com-deficiencia/#respond Thu, 25 Nov 2021 17:20:13 +0000 https://hajavista.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/1.-Cartas-para-Irene_Foto_Juliana-Canancio-300x215.png https://hajavista.blogfolha.uol.com.br/?p=333 O Itaú Cultural vai mapear a partir de uma plataforma online os artistas com deficiência que atuam no Brasil para aumentar a visibilidade e as oportunidades de trabalho para o grupo.

Chamado Arte e Acesso – Portifólio Coletivo de Artistas com Deficiência, o portal permitirá buscar artistas por áreas de expressão, estado e palavras-chave. Também mostrará uma biografia de cada pessoa cadastrada e indicará suas redes sociais. Estará disponível neste link.

A instituição afirma que o portal tem como objetivo incentivar programadores, curadores e produtores a expandir a presença desses artistas em suas programações.

O lançamento faz parte da programação do festival Entre Arte e Acesso, promovido a cada dois anos e que está em sua quinta edição.

Em 2021, serão 15 apresentações de trabalhos de artistas e pesquisadores com deficiência e rodas de conversa, que vão das 15h de sexta (26) até a noite de domingo (28).

As transmissões serão feitas no canal da instituição no YouTube. Contarão com audiodescrição, Libras (Língua Brasileira de Sinais) e estenotipia.

Entre os destaques da programação está a peça “Birita, procura-se. com estreia às 20h desta sexta.

Nela, uma palhaça com deficiência part5e em busca de um emprego para pagar as contas. O espetáculo é interpretado pela atriz, palhaça, palestrante e produtora Ariadne Antico, que tem paralisia cerebral.

a programação será encerrada no domingo, às 19h, com a peça “Cartas para Irene”, da Cia. Ananda, que conta a história de uma mulher que vê o filho perder a visão e escolhe educá-lo com confiança, tendo em vista o desenvolvimento de suas potencialidades.

Todos os espetáculos ficarão disponíveis para serem acessados até 15 dias após a exibição.

]]>
0
Guias de turismo conduzem viagens virtuais pela voz em rede social https://hajavista.blogfolha.uol.com.br/2021/10/12/guias-turisticos-levam-para-viagens-virtuais-com-a-voz-em-rede-social/ https://hajavista.blogfolha.uol.com.br/2021/10/12/guias-turisticos-levam-para-viagens-virtuais-com-a-voz-em-rede-social/#respond Tue, 12 Oct 2021 17:57:47 +0000 https://hajavista.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/Prefeitura-300x215.jpg https://hajavista.blogfolha.uol.com.br/?p=293 Um movimento de guias de turismo na rede social ClubHouse vem realizando

passeios virtuais guiados pela voz de quem está em pontos turísticos espalhados mundo afora.

Nesses eventos ao vivo, guias treinados na técnica da audiodescrição, usada para apresentar ambientes, características físicas de pessoas e ações para quem tem deficiência visual, mostram a um grupo de participantes um local turístico. O

Na atividade, os guias caminham pelos pontos apresentados, enquanto os participantes acompanham a visita de qualquer lugar, a partir do aplicativo da rede social.

onde estão naquele momento, em tours virtuais sem imagens.

No último sábado (8), a guia Roberta Perez, fundadora da empresa Nordic Ways, e uma das organizadoras da iniciativa, passeou com um grupo de cerca de 20 pessoas pela cidade de Sigtuna, na Suécia, país onde reside.

A cidade de 10 mil habitantes , localizada à margem do lago Mälaren e onde foi cunhada a primeira moeda sueca ainda no Século 10, preserva caminhos de mais de 1.000 anos trilhados pelos vikings.

A sensação de quem acompanhou o passeio de longe foi de estar, de olhos fechados, caminhando perto da guia, que descrevia a temperatura, explicava o caminho percorrido e a direção onde se localizavam as casinhas de madeira do Século 18 e as ruínas de igrejas medievais, apresentadas com muita cor e detalhe.   Ao mesmo tempo, Roberta incluía  informações sobre a história e a cultura do local.

Ari Protázio, pianista, youtuber  e palestrante que tem deficiência visual, conta que a ideia de levar a audiodescrição para o clubHouse surgiu de seu interesse por turismo, que o levou a interagir com frequência com influenciadores da área pelas redes sociais.

Ele conta que, quando Rogério Enachev, um guia que já havia entrevistado para seu canal de YouTube, o encontrava em alguma sala do ClubHouse, logo fazia sua descrição e também pedia que os demais participantes da sala contassem a Ari como cada um era fisicamente.

A audiodescrição foi se espalhando entre os guias usuários da rede, até que o primeiro passeio audiodescrito foi realizado por ideia da guia Marina Sacco, que mora na Itália.

 

A partir da experiência, Ari teve a ideia de criar oficinas de audiodescrição para guias a partir da rede social para multiplicar a iniciativa.

Na primeira oficina, realizada em abril, foram 12 guias. Apenas um deles morava no Brasil. Havia profissionais participando da França, Holanda, Suécia, Estados Unidos, Inglaterra, conta.

A partir de então passaram a acontecer eventos semanais para que guias treinassem o que aprenderam levando um grupo para passear em algum lugar diferente.

Ari conta que as viagens não acontecem sempre no mesmo club (canal dentro dessa rede social). Em vez disso, a cada semana o evento vai para um canal diferente, com o objetivo de mostrar a audiodescrição para mais pessoas.

Na próxima sexta (15), por exemplo, haverá passeio para Nova York às 18 horas pelo canal Conexão de Negócios.

 

Stora Gatan, rua principal de Sigtuna (Nordic Ways/Divulgação)

 

 

Ari diz que a audiodescrição não precisa ser só para cegos e quem participa da experiência de uma viagem audiodescrita treina o olhar para perceber mais detalhes ao seu redor. De fato, no tour que acompanhei, estavam presentes participantes sem deficiência e que não conheciam o recurso. Eles elogiaram a experiência e disseram se sentir imersos na cidade visitada.

Os passeios feitos pela rede social vêm sendo realizados realizados voluntariamente pelos profissionais envolvidos, sem custo para os espectadores. Ari diz que o amor dos guias pelo trabalho e a vontade de incluir explicam o engajamento dos profisisonais no projeto.

Mas Ari e Roberta veem potencial para que a iniciativa cresça também do ponto de vista comercial. A Nordic Ways já oferece passeios com audiodescrição a partir do projeto Viajando de Olhos Fechados, visando atender ao público corporativo.

Ari diz acreditar que empresas podem buscar a viagem audiodescrita para proporcionar momentos de relaxamento para funcionários e ensinar sobre acessibilidade. O objetivo, diz Ari, é que em cada canto do mundo haja um guia brasileiro preparado para receber turistas cegos com a maior qualidade possível.
Em novembro acontece nova oficina para formar guias em audiodescrição.   O evento será pago e os valores definidos nos próximos dias.

Para ficar sabendo dos próximos passeios, o caminho indicado por Ari é seguir o perfil dele e da Roberta no ClubHouse.

 

#ParaTodosVerem

 

A primeira foto mostra a Prefeitura de Sigtuna, inaugurada em 1744. Sua construção de madeira, pintada em diversas cores é algo atípico no panorama sueco. O edifício possui uma grande porta de madeira escura bem ao centro com batentes verde escuro e um triangulo definido ao topo. Para cada lado dois pares de janelas com batentes do mesmo tom de verde. Telhas avermelhadas e uma torre quadrada, alta e pontiaguda com um relógio abaixo de sua varanda.

 

Na segunda imagem está  a rua Stora Gatan, principal via de Sigtuna e uma das mais preservadas do país. Em  tempos passados cada uma das ruelas laterais possuía um deck para o lago Malären. Hoje o lago está um pouco mais distante, mas a rua do comércio esta conservada com as mesmas construções do Século 18 e 19. Na foto a esquerda a primeira casa, sobrado, em tons de verde é a primeira da numeração ímpar da rua. Do outro lado da rua encontramos outro sobrado em tons de gelo e porta verde que é a imobiliária local, dando sequência a diversas casas históricas do lado par da rua.

 

Descrições fornecidas pela Nordic Ways

 

Rede Sociais

 

Acompanhe os posts do blog também pelo Twitter aqui.

]]>
0
Campanha de financiamento coletivo distribui equipamento importado para leitura em braille https://hajavista.blogfolha.uol.com.br/2021/07/28/campanha-de-financiamento-coletivo-distribui-equipamento-importado-para-leitura-em-braille/ https://hajavista.blogfolha.uol.com.br/2021/07/28/campanha-de-financiamento-coletivo-distribui-equipamento-importado-para-leitura-em-braille/#respond Wed, 28 Jul 2021 13:30:12 +0000 https://hajavista.blogfolha.uol.com.br/files/2021/07/Foto-300x215.jpg https://hajavista.blogfolha.uol.com.br/?p=275 Uma campanha de financiamento coletivo está arrecadando recursos para distribuir linhas braille para pessoas com deficiência visual.

Organizada pela professora de inglês Cristiana Cerchiari , que é cega, a iniciativa possibilitou desde maio a compra de um equipamento, que é importado e custa cerca de R$ 15 mil.

Os aparelhos comprados são distribuídos a partir de sorteios. Setenta pessoas com deficiência visual se candidataram para participar. Os interessados não arcaram com nenhum custo para entrar na campanha.

O equipamento permite ler textos em formatos digitais a partir do braille. Sem o recurso, os textos seriam acessados por quem tem deficiência visual a partir de um software que faz a leitura com uma voz sintetizada.

Isso é possível porque o equipamento tem em seu corpo pontos de braille que se levantam ou  se abaixam de acordo com as letras presentes no texto que o usuário quer ler.

A conexão com computadores e smartphones pode ser feita via cabo ou bluetooth. Também há modelos que permitem armazenamento de arquivos no próprio aparelho.

A linha braille também conta com botões similares a de uma máquina de escrever em braille, para que o usuário possa escrever usando os sinais desse código, tanto no computador como também no bloco de notas do próprio aparelho.

Cristiana conta ter uma linha braille desde 2016. Ela diz que com ela fez muitas leituras silenciosas, sem precisar se preocupar em ouvir o leitor de tela, e melhorou seu rendimento na atividade de consultora em audiodescrição, para o qual precisa revisar textos complexos, e fez leitura de livros clássicos em inglês.

Em sua experiência, a leitura com as mãos permite maior concentração do que a escuta de textos.

Uma vantagem importante da linha braille em relação aos leitores de tela é a possibilidade que ela dá de manter um contato maior com a ortografia e os sinais de pontuação.

É possível que, caso não faça uso frequente do braille, especialmente durante a alfabetização, a pessoa que não enxerga tenha dificuldade para aprender a grafia correta das palavras, pois ela passa a depender principalmente da referência sonora para aprender a escrever as palavras.

Outro uso da linha braille menos difundido, adotado pelo autor deste blog, é a leitura de partituras musicais em braille.

Cristiana conta que, durante a pandemia, sentiu que deveria fazer uma ação solidária. Pensou na linha-braille por acreditar que o aparelho oferece muitos benefícios ao usuário, mas seu preço o torna inacessível para muitos.

Segundo Cristiana, a tanto crianças de dez anos como pessoas com mais de 60 interessadas em conseguir uma linha braille a partir da campanha.
Além de Cristiana, mais sete pessoas apoiam a iniciativa voluntariamente, cuidando da divulgação em redes sociais.

A campanha vai até o dia 8 de novembro. Cristiana conta que a quantidade de linhas que serão compradas e sorteadas depende do valor que for arrecadado até a data.

Mais informações no site Vaquinha.

]]>
0
Alunas de biologia lançam app que mostra fauna e flora do Brasil com acessibilidade https://hajavista.blogfolha.uol.com.br/2021/05/31/alunas-de-biologia-lancam-app-que-mostra-fauna-e-flora-do-brasil-com-acessibilidade-para-criancas/ https://hajavista.blogfolha.uol.com.br/2021/05/31/alunas-de-biologia-lancam-app-que-mostra-fauna-e-flora-do-brasil-com-acessibilidade-para-criancas/#respond Mon, 31 May 2021 12:30:20 +0000 https://hajavista.blogfolha.uol.com.br/files/2021/05/Foto-Iara-300x215.jpg https://hajavista.blogfolha.uol.com.br/?p=252 Alunas de biologia da Unesp lançaram o aplicativo Iara, que apresenta a fauna e a flora brasileira com recursos de acessibilidade.

A partir dele, as crianças ficam conhecendo a indiazinha Iara, que precisa viajar por todos os biomas brasileiros para colher sementes e recuperar uma árvore mágica que foi destruída pela ação humana. Todo o conteúdo pode ser acompanhado com descrições das imagens e apresentação do texto em Libras (Língua Brasileira de Sinais).

O material inclui vídeos com historinhas narradas e acompanhadas por ilustrações, textos informativos, fotos de animais e plantas, sons da floresta, propostas de desenhos e jogos de pergunta e resposta.

Com o material, mesmo quem não enxerga fica sabendo que o boto-cor-de-rosa mede cerca de dois metros e tem uma nadadeira no centro das costas em formato de triângulo ou que o tamanduá bandeira tem uma cauda peluda, um focinho cilíndrico comprido e garras. Descrições do tipo não são encontradas facilmente e são, além de muito divertidas, fundamentais para a construção do conhecimento de quem não vê.

“Nós duas somos muito encantadas com a vida, a biologia. Trazer esse encantamento para as crianças foi nosso objetivo” com o aplicativo, diz Daniela Maiumi Kita, que idealizou o projeto a partir de uma atividade proposta em sala de aula junto com a amiga Mariana Pupo Cassinelli, ambas com 22 anos de idade.

Mariana diz considerar que o ensino de educação ambiental para crianças forma pessoas mais sensíveis ao tema. Ela conta que a acessibilidade era um pré-requisito do projeto desde as primeiras ideias. Antes de optarem por uma abordagem tecnológica para o material, as duas pensaram em produzir um livro em braille. Porém o alto custo envolvido para impressão e distribuição fez com que a opção pelo aplicativo ganhasse força.

Das primeiras conversas até a Iara ficar disponível foram dois anos de trabalho que envolveram a construção de uma rede com 28 apoiadores da iniciativa, sem os quais não seria possível ir tão longe, diz Mariana.

Participaram desde amigos de faculdade até participantes de pesquisa em acessibilidade de outros estados e instituições como  a Unilehu (Universidade Livre para Eficiência Humana) e a Escola Severino Fabriani  para desenvolvimento do conteúdo em Libras. “Conforme as ideias surgiram, fomos vendo que precisávamos de mais ajuda, de programadores, especialistas”, conta.

Daniela ressalta que todas as colaborações foram voluntárias e a dupla não contou com nenhum financiamento para o projeto.
Encontrar pessoas com disposição e tempo para apoiar a iniciativa foi um desafio que exigiu muita pesquisa no Google e em redes sociais: “De cada cem pessoas que entrávamos em contato apresentando o projeto, três topavam participar”, diz Daniela.

Além de gerenciar as atividades de todos os participantes do projeto, elas também ficaram responsável por escrever os roteiros das histórias da heroína Iara, fizeram ilustrações e até se aprofundaram no uso da Libras para aparecerem em parte dos 500 vídeos com a tradução para a língua de sinais. Elas calculam que, sem deixar de dar atenção às demais matérias do curso,  dedicaram metade do tempo disponível para este projeto. Segundo elas, o esforço resultou da percepção de que este era um trabalho com um propósito especial. No final, a percepção é que o contato com tantos especialistas as fez aprender mais do que imaginavam e mudou suas vidas.

Agora o plano de Daniela e Mariana é buscar parcerias com escolas para que o aplicativo seja adotado por professores em sala de aula. As duas também se dizem abertas a sugestões para aperfeiçoamentos e atualizações futuras.

As atividades da Iara podem ser acessadas tanto por computadores como também tablets e smartphones a partir de seu site. Para iniciá-las, é preciso clicar em explorar e selecionar o recurso de acessibilidade desejado.

 

]]>
0
Fundação Dorina Nowill busca doações para compra de alimentos na pandemia https://hajavista.blogfolha.uol.com.br/2021/04/02/fundacao-dorina-nowill-busca-doacoes-para-compra-de-alimentos-na-pandemia/ https://hajavista.blogfolha.uol.com.br/2021/04/02/fundacao-dorina-nowill-busca-doacoes-para-compra-de-alimentos-na-pandemia/#respond Fri, 02 Apr 2021 13:00:44 +0000 https://hajavista.blogfolha.uol.com.br/files/2021/04/Fachada-Fundação-Dorina-Nowill-300x215.jpg https://hajavista.blogfolha.uol.com.br/?p=224 A Fundação Dorina Nowill para Cegos, entidade que atua na inclusão de pessoas com deficiência visual, está realizando uma campanha de arrecadação para ajudar famílias atendidas e que passam por momento de vulnerabilidade por causa da pandemia.

Os valores arrecadados serão convertidos em cartões para compra de alimentos.

As transferências podem ser feitas por Pix, usando a chave pix@fundacaodorina.org.br ou a partir do site da campanha, que oferece as opções de pagamento via cartão de crédito ou débito em conta..

 

]]>
0
Banco seleciona pessoas com deficiência para curso de programação e promete contratações https://hajavista.blogfolha.uol.com.br/2021/03/29/banco-seleciona-pessoas-com-deficiencia-para-formacao-em-programacao-e-promete-contratacoes/ https://hajavista.blogfolha.uol.com.br/2021/03/29/banco-seleciona-pessoas-com-deficiencia-para-formacao-em-programacao-e-promete-contratacoes/#respond Mon, 29 Mar 2021 23:59:05 +0000 https://hajavista.blogfolha.uol.com.br/files/2021/03/teclado-300x215.jpg https://hajavista.blogfolha.uol.com.br/?p=218 O Itaú Unibanco está com cem vagas abertas para um treinamento gratuito em programação para pessoas com deficiência. As inscrições vão até o próximo domingo (4).

Os 20 profissionais que mais se destacarem durante as atividades serão contratados.

O programa tem duração de até seis semanas e será feito em parceria com a escola Gama Academy.

 

Entre os temas que serão tratados na primeira fase do curso estão lógica de programação, HTML, CSS, Javascript e banco de dados. Os que forem selecionados para seguir na empresa passarão por treinamento complementar.

Para fazer a inscrição, é preciso preencher formulário neste link e possuir laudo médico comprovando a deficiência. Experiência prévia na área não é obrigatória, mas será levada em consideração. Podem participar pessoas que moram em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais e Distrito Federal.

Os candidatos farão prova com questões de raciocínio lógico, matemática básica e inglês iniciante.

]]>
0
Debate virtual discute sexualidade de jovens com deficiência visual https://hajavista.blogfolha.uol.com.br/2021/02/21/debate-virtual-discute-sexualidade-de-jovens-com-deficiencia-visual/ https://hajavista.blogfolha.uol.com.br/2021/02/21/debate-virtual-discute-sexualidade-de-jovens-com-deficiencia-visual/#respond Sun, 21 Feb 2021 23:27:15 +0000 https://hajavista.blogfolha.uol.com.br/files/2021/02/Tabela-braille-300x215.jpg https://hajavista.blogfolha.uol.com.br/?p=192 A ONCB (Organização Nacional de Cegos do Brasil) fará nesta quarta-feira (24) uma live para discutir a relação dos jovens com deficiência visual com a sexualidade.

Segundo a entidade, o debate vai tratar de de temas como angústias, medos e preocupações do grupo. Será possível fazer perguntas via chat.

A realização do evento gerou polêmicas em grupos nas redes sociais formados por cegos e pessoas com baixa visão.

Alguns participantes consideraram que não haveria necessidade de realizar um debate sobre sexualidade específico para quem tem deficiência visual, pois não há diferenças no modo como ela se insere na vida de quem não vê que justifiquem uma discussão sobre o tema centrada no grupo.

Em maior número, apoiadores da iniciativa argumentaram que a sexualidade é uma experiência da qual a pessoa com deficiência visual não deve ser privada. Além disso, apontaram que o acesso a informação nem sempre chega adequadamente ao grupo, seja por falta de conteúdo em formatos acessíveis, seja por estigmas em relação às possibilidades de quem tem uma limitação física ou sensorial manter relacionamentos afetivos.

Participam do evento a psicóloga Daniela Cardoso de Oliveira, assessora da secretaria de juventude da ONCB; Edson Luiz Defendi, coordenador de empregabilidade da Fundação Dorina Nowill e da pesquisa “Diversidade, Sexualidade e Deficiência visual” e Roberta Pinheiro Piluso, advogada e vice-presidente da Comissão dos Direitos da Pessoa com Deficiência da OAB/RJ. A mediação será de Cinthya Freitas, secretária de saúde da ONCB.

O evento começa às 20h e pode ser acompanhado pelo YouTube ou pela Rádio ONCB.

]]>
0
Plataforma brasileira de aluguel de filmes e séries com acessibilidade estreia em março https://hajavista.blogfolha.uol.com.br/2021/02/13/plataforma-brasileira-de-aluguel-de-filmes-e-series-com-acessibilidade-estreia-em-marco/ https://hajavista.blogfolha.uol.com.br/2021/02/13/plataforma-brasileira-de-aluguel-de-filmes-e-series-com-acessibilidade-estreia-em-marco/#respond Sat, 13 Feb 2021 19:56:16 +0000 https://hajavista.blogfolha.uol.com.br/files/2021/02/parasita-300x215.jpg https://hajavista.blogfolha.uol.com.br/?p=179 Será lançado no dia 15 de março o serviço PingPlay, de aluguel de filmes com acessibilidade para pessoas com deficiência. Os títulos trarão audiodescrição, Libras (Língua Brasileira de Sinais) e legendas descritivas.

Thais Ortega , coordenadora geral do projeto, realizado pela  Etc Fil,Filmes,  que produz recursos de acessibilidade, afirma que o aluguel na plataforma terá valor próximo aos praticado pelos demais serviços de locação online, variando de R$ 6,90 a R$ 18,90.

O principal filme no dia do lançamento do PingPlay será o sul-coreano “Parasita”, vencedor de quatro estatuetas no Oscar de 2020, incluindo a de melhor filme.

Ainda não há definição sobre a quantidade de títulos que estarão disponíveis nos primeiros dias. Ortega afirma que inicialmente o catálogo será formado principalmente por longas, mas que há a intenção de oferecer séries e curtas.

Isso não significa que o trabalho começa do zero. Segundo a coordenadora, a ETC Filmes já inseriu acessibilidade em mais de 700 títulos. A maior parte, porém, nunca foi assistida com os recursos pelo público.

Segundo ela, foi produzida audiodescrição, legendas e Libras para a maior parte dos filmes que chegaram ao cinema desde 2018, por exigência da Ancine (Agência Nacional de Cinema). Porém, a obrigação do oferecimento da acessibilidade nas salas de cinema foi sucessivamente adiada pelo Governo Federal e a maior parte do material segue inédito.

“Todos esses filmes perderam a janela que teriam para serem vistos com acessibilidade nos cinemas. Estamos falando de milhares de filmes com recursos produzidos, mas sem meio de exibição. Nossa plataforma deve tornar isso disponível”

Ortega afirma que um dos desafios para o avanço da acessibilidade no entretenimento é demonstrar que existe demanda e que trabalhar com esse mercado é viável economicamente. “Ainda há uma visão estereotipada de que as pessoas com deficiência formam uma camada da população que não é independente economicamente. Mas minha experiência diz o contrário. Acredito muito no potencial de consumo desse público.”

O Acesso ao PingPlay inicialmente será feito via navegador, preferencialmente por computador ou desktop. Ortega diz que a empresa trabalha no desenvolvimento de aplicativos para o serviço.

]]>
0
Ferramentas para aprender braille e ouvir descrição de quadro disputam prêmio de acessibilidade da Amazon https://hajavista.blogfolha.uol.com.br/2021/01/19/ferramentas-para-aprender-braille-e-ouvir-descricao-de-quadro-disputam-premio-de-acessibilidade-da-amazon/ https://hajavista.blogfolha.uol.com.br/2021/01/19/ferramentas-para-aprender-braille-e-ouvir-descricao-de-quadro-disputam-premio-de-acessibilidade-da-amazon/#respond Tue, 19 Jan 2021 14:30:25 +0000 https://hajavista.blogfolha.uol.com.br/files/2021/01/Foto-guitarra-300x215.jpeg https://hajavista.blogfolha.uol.com.br/?p=155 A Amazon divulga nesta terça-feira (19) as skills )habilidades, equivalentes a aplicativos para assistentes com inteligência artificial) finalistas de seu Prêmio Alexa de Acessibilidade.

Para o concurso, a empresa recebeu em 2019 quase 100 projetos de desenvolvedores com potencial para beneficiar a vida de pessoas com deficiência ao serem usados junto a assistente virtual da companhia.

Ao final serão selecionados três ganhadores. A iniciativa é feita em parceria com a AACD (Associação de Assistência à Criança com Deficiência), Fundação Dorina Nowill para Cegos e Instituto Jô Clemente e as avaliações serão realizadas com a participação de pessoas atendidas por essas organizações.

 

O desenvolvedor que ficar em primeiro lugar ganhará R$10 mil, um aparelho Echo Studio e escolherá uma ONG entre as pré-selecionadas para receber uma doação de R$50 mil. Ao final, as entidades selecionadas pelos ganhadores receberam um total de R$ 100 mil. Ainda não foi confirmada a data do anúncio dos vencedores.

 

Confira abaixo a lista das skills finalistas, já disponíveis para uso:

Localizador de ônibus São Paulo acessível” por Felipe Borges
Tem como objetivo ajudar pessoas cegas ou com baixa visão a ter previsão da chegada dos ônibus, a localização e o endereço do ponto, se o veículo que está chegando é acessível, se o ônibus esperado passa no ponto onde o usuário se encontra e o destino final de cada ônibus.

A Arte Além da Visão”por Ulysses BML
Foi criada para dar a pessoas com restrições visuais acesso fácil para apreciar pinturas. Tem catálogo de audiodescrição de obras de arte que se encontram em museus, além de outras obras criadas pelo time de desenvolvimento da skill.

“Jogo do Braille” por Diego Negrelli
É um jogo interativo que ajuda pessoas cegas a memorizarem as letras e os números em braile. Além disso, todos os interessados em aprender a linguagem podem perguntar como as letras e os números são escritos, como funciona o braile, sua origem e quem foi Louis Braille e Dorina Nowill.

“Meu Mapa”por Michel Fernandes
Conta com recursos precisos de geolocalização. Quando um usuário pergunta à Alexa sua localização, ela responderá com o nome da rua e o número. Seu objetivo é auxiliar pessoas cegas ou com baixa visão a se situarem com base no GPS e a pesquisarem locais específicos nas proximidades, como supermercados e farmácias. A skill também fornece instruções de navegação usando Alexa.

“Mais Acessibilidade”por Grupo Fleury
É um jogo de verdadeiro ou falso que compartilha conhecimento com informações sobre acessibilidade, com o objetivo de educar e entreter qualquer pessoa que queira aprender mais sobre o tema.

“Memória Sonora”por Splora
É um treinamento focado em reabilitação cognitiva. Assim como em um jogo de memória tradicional com cartas, essa skill usa sons e encoraja os usuários a encontrar os pares que se combinam. Tem como objetivo ajudar pessoas com diferentes tipos de desordem das funções cognitivas como demência, doenças degenerativas e deficiências intelectuais. Também pode ser usada por pessoas cegas ou com baixa visão.

“Guia de Tarefas” por Caroline de Souza Evangelista
Visa auxiliar pessoas com deficiência intelectual na realização tarefas que exigem várias etapas e que podem ser confusas ou estressantes. O objetivo é incentivar e dar mais independência aos usuários nas tarefas do cotidiano. Eles podem criar diferentes tarefas, com inúmeros passos até sua conclusão, estimulando a autonomia.

“Viagem Virtual” por Tech RCS
Permite às pessoas viajarem virtualmente. Por meio de audiodescrições de diferentes lugares, a skill ensina às pessoas cegas sobre lugares e ambientes com detalhes. A skill também usa efeitos sonoros para maior imersão.

“Onde guardo isso?”por marcosamm
Visa auxiliar pessoas com deficiência intelectual, sugerindo locais onde os objetos podem ser guardados e lembrá-las de onde eles estão.

“Vagas PCD”por Universo Aleatório
Conta com informações a respeito de oportunidades de trabalho no mercado brasileiro para pessoas com deficiência, enviando para os usuários links de possíveis vagas.

]]>
0
Orquestra egípcia de mulheres cegas fará live de abertura do festival de música de Curitiba https://hajavista.blogfolha.uol.com.br/2021/01/16/orquestra-egipcia-formada-por-mulheres-cegas-fara-live-de-abertura-do-festival-de-musica-de-curitiba/ https://hajavista.blogfolha.uol.com.br/2021/01/16/orquestra-egipcia-formada-por-mulheres-cegas-fara-live-de-abertura-do-festival-de-musica-de-curitiba/#respond Sat, 16 Jan 2021 15:25:17 +0000 https://hajavista.blogfolha.uol.com.br/files/2021/01/Foto-300x215.jpg https://hajavista.blogfolha.uol.com.br/?p=140 Uma orquestra de câmara formada exclusivamente por mulheres com deficiência visual fará a abertura da 38ª Oficina de Música de Curitiba neste domingo (17), às 12h. O concerto  será transmitido online neste link.

A Egyptian Blind Girls Chamber Orchestra Al Nour Wal Amal (Orquestra de Câmara Egípcia Luz e Esperança de meninas cegas) faz parte de uma organização dedicada à educação de meninas com deficiência visual fundada por voluntárias  em 1954. Sete anos depois, a entidade passou a contar com um instituto de música.

O conjunto fez sua primeira apresentação internacional em Viena, em 1988, e já esteve em 26 países. Atualmente forma sua quarta geração de musicistas.

As participantes da orquestra aprendem o repertório que apresentam a partir do sistema braille. Como não é possível tocar os instrumentos e fazer a leitura com as mãos ao mesmo tempo, todas as notas precisam ser memorizadas, o que não costuma acontecer nas orquestras formadas por músicos que enxergam, exceto no caso de solistas.

A regência do grupo fica a cargo de Mohamed Sad, único músico sem deficiência visual. Ele está à frente das apresentações desde 2015.

A relação entre as instrumentistas e o maestro também tem suas peculiaridades,  pois as participantes não teriam como ver seus gestos e movimentos com a batuta durante os concertos. Nos ensaios, o regente indica o andamento da música e a intensidade com a qual ela deve ser tocada com sons percussivos. Suas instruções são decoradas pelas musicistas para serem seguidas no palco.

Neste ano, a orquestra precisou interromper suas atividades durante cinco meses em razão da pandemia de Covid-19. Segundo a imprensa egípcia , as participantes não puderam treinar com seus instrumentos no período de distanciamento social mais rígido, pois eles ficam na associação. Após três semanas de ensaios, o retorno aconteceu em 20 de setembro, em concerto realizado na cidade natal do conjunto. Os ensaios foram feitos em grupos menores e com cuidados para evitar contágio pela doença.

O evento deste domingo terá mediação da pianista e pesquisadora Fabiana Bonilha, que tem deficiência visual e já apareceu neste blog. Participa também Luiz Amorim, professor de teoria musical e de prática de conjunto no Projeto Música Tátil, de Curitiba, idealizado por ele, que tem baixa visão.

]]>
0